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Pré-análise: Perfeição

em segunda-feira, 16 de janeiro de 2017 |

Bom [insira aqui o momento do dia em que você se encontra], leitores do Litera!

Como puderam ver no título, hoje trago mais uma pré-análise e, outra vez, de uma história que está bem no comecinho. Por isso, vou falar brevemente dos três capítulos postados. Mas, como dizem “first things first”, vamos à sinopse. 


Ela é um pouco extensa, porém cumpre seu objetivo ao apresentar a ideia central, as personagens e intrigar o leitor. Os dois únicos e pequenos incômodos que encontrei são: a formatação, que por apresentar poucos parágrafos e fases compridas, torna-se um empecilho inicial que vai afastar um leitor mais direto, e o “PS” adicionado no fim. Como não tem relação direta com o texto da sinopse em si, creio que poderia ter sido adicionado em uma nota ou algo assim.
É comum ver histórias que sejam iniciadas com um prólogo. Em Perfeição, isso não é diferente. Seguindo o usual, é um capítulo curto e introdutório. Já podemos ver o bom vocabulário da escritora, bem como um pequeno problema em relação à vírgulas, ambos recorrentes no restante da fic. Pequeno, pois não chega a atrapalhar a leitura no geral e que, no entanto, ainda existe. Quando há a chegada de uma personagem, aparentemente chave, acontece, vemos uma mudança brusca no tempo verbal. Isso pode tirar o leitor da imersão que acontece quando lemos e, por esse motivo, estou-o citando. As personagens são bem-feitos e captam a atenção, cada uma com sua nuance, o que é muito bom. Personagens interessantes fazem tramas interessantes. 

No segundo capítulo, ou melhor, Capítulo 1, vemos outro pequeno erro recorrente, a troca de travessões por hífens. Novamente, não é incômodo, mas gramaticalmente incorreto.  O que era bom no prólogo se mantém aqui. Meu único grande conselho à escritora é: diga menos e mostre mais. Torna-se mais fácil entrar numa história e sentir junto à ela quando as ações são mostradas e não simplesmente descritas. Há um erro geográfico (onde dá-se a entender que Paris é um país e não uma cidade) em uma das falas de Richard que, vista por certo ângulo, indica falta de pesquisa e isso não é bom. Então, um segundo conselho: confirmar informações pode deixar o enredo bem mais rico e verossímil. 

O Capítulo 2 é o melhor dentre todos. O enredo parece desabrochar aqui, finalmente nos jogando junto de um mistério com um início bem construído. Os problemas anteriores em relação à gramática estão presentes, porém são abafados pela trama. Há uma ótima atmosfera aqui. O local é angustiante, a leitura é angustiante; a conversa mais leve, a leitura também é. E ainda há uma surpresa agradável: não vemos uma mitologia batida aqui. Perfeição resgata seres que, arrisco dizer, são até desconhecidos pela maioria. Pena ser o último postado, pois me deixou curiosa sobre o resto. 

Por ainda ser o início, não posso dar vereditos. Porém, vejo duas sólidas e importantes bases sendo bem trabalhadas: o enredo e as personagens. Com certeza esses são os pontos mais fortes da história. 
A autora tem bom domínio das palavras e de ritmo, mesmo pecando um pouco nas pontuações. Nada que um pouquinho de revisão não resolva. 

Tenho bons pressentimentos sobre Perfeição. Você pode lê-la no Wattpad e no Nyah! 

Até o próximo post, queridos. 
  
XOXO

Aiori






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