Análise: (Re) Nascer
Análise: My Lord (+18)
Oi, gente, voltei! Então, primeiramente, vamos aos avisos (LEIAM, POR FAVOR). Essa análise será gigante, mas é necessário que seja.
Criatividade:Considerando a ideia proposta nessa fanfic, imagino que o nível de dificuldade foi alto (e enquanto leitora também tive certa dificuldade para entender o que estava acontecendo porque são muitos eventos em uma mesma história, mas falarei disso mais à frente). É um roteiro muito, muito trabalhoso e com originalidade, pois é do tipo de história, fanfic ou não, que dificilmente vemos por aí (alô, Vingadores Endgame! Estou bugada com aquele roteiro até hoje). Histórias com viagem no tempo são automaticamente mais difíceis de escrever (independente se o recurso usado para as viagens seja algo científico ou mágico), porque o escritor/roteirista precisa teorizar muitas variáveis que ele automaticamente descartaria em outras histórias, e apesar da importância de cada variável para decidir se vale a pena abordar uma rota ou não. Aqui eu consegui identificar três realidades diferentes resultantes das escolhas de alguns personagens.
Escrita: A fanfic num geral é bem escrita, salvo alguns errinhos de pontuação e acentuação e a escrita do nome de alguns personagens precisa ser revisada (recomendo ao autor um beta reader para ajudar nessa tarefa, considerando o tamanho da fanfic). Mais além, a repetição de certos nomes completos várias vezes num mesmo capítulo (e em outros também) a deixou cansativa, tornando-a mais desconfortável já que são personagens conhecidos do público (e sendo fanfic, só quem é do fandom vai ler). Geralmente o que se faz com nomes de personagens já conhecidos é mencioná-los poucas vezes (quando estão no mesmo cenário), usar de sobrenomes com mais frequência e intercalar com o uso de pronomes (pra evitar repetição, que é cansativo pro leitor). ) Há muita repetição de ‘‘Aquela que todos conhecem como senhora Trolloppe’’, ‘‘Hermione Jane Granger’’, ‘‘Tom Ridlle Júnior’’.
Em uma última observação sobre esse tópico, o uso de ‘‘Tom Ridle Júnior’’ me deixou extremamente confusa desde o início da minha leitura, pois passei a fanfic inteira esperando um plot-twist que justificasse o uso do ‘‘Júnior’’ no nome dele, já que o nome do personagem é Tom Marvolo (ou Servolo, de acordo com alguns sites) Riddle, porém essa expectativa não foi correspondida, permanecendo confuso o ‘‘Júnior’’ presente na fanfic.
ALdC: As quebras de tempo poderiam ser resolvidas com capítulos curtos e variados.
Gênero e classificação: No site do Nyah Fanfiction está marcando ‘‘hentai’’ como gênero e +18 como classificação, e ambos estão corretos, mas incompletos. Considerando que o começo da fanfic já apresenta eventos que não acontecem canonicamente, todas as realidades apresentadas ao leitor desde o início se encaixam no gênero de Universo Alternativo e ele precisa ser marcado nos sites, porque é o gênero que define a fanfic inteira.
Com a presença de cenas de nudez, sexo, violência, tortura e afins, a classificação está adequada, mas esses tópicos precisam ser marcados nos avisos do site também, pois muitas cenas podem agir como gatilho para muitos leitores desavisados. Recomendo aviso de gatilho precedendo cada capítulo com conteúdo gráfico justamente para o conforto dos leitores, ou ao menos para preparar os que lerão sobre o conteúdo que virá. Creio que a Sininho já esclareceu a importância dos avisos de gatilhos e afins em outra análise do mesmo autor.
ALdC: Ressalto a necessidade novamente dos gatilhos, foi uma situação que nos surpreendeu e chocou em certa altura da leitura, que poderia ter passado sem impacto se sinalizado corretamente
Enredo: Alexis: Chegamos ao campo minado. Geralmente chamo essa parte de ‘‘campo minado’’ nas análises porque eu morro de medo de soltar spoilers das histórias, mas, neste caso, o campo é minado porque há muitos tópicos delicados nessa fanfic que todos nós precisamos discutir.
A primeira linha temporal à qual somos apresentados é a de uma realidade onde Hermione está somente com Harry, porque Ron os deixou (nos filmes foi em Relíquias da Morte parte 1, se não me engano). O prólogo começa com o ponto de vista do professor Snape, mas à certa altura da história ele quase não aparece (o que faz sentido, ele não é o foco), mas ele ainda possui grande importância para o roteiro. Sabemos que Dumbledore deixou uma caixa para Hermione com instruções do que ela deve fazer para o caso de tudo dar errado (e dios mio, como deu errado!).
Essa linha temporal, pelo que entendi, é intercalada com outras duas, uma em que Hermione é uma estudante da Sonserina (e onde Tiago Potter está vivo e é um péssimo pai pro Harry) e outra onde Snape está mantendo Voldemort dentro de si (essa parte me deixou confusa porque eu não sou Potterhead, mas entendi que o Snape fez com Voldemort basicamente o que aquele professor do primeiro filme fez, pra ocultar a existência dele).
Há um grande suspense sobre o conteúdo da caixa e as instruções que Dumbledore deixou para Hermione, e quando estes são finalmente revelados... Devo dizer que eu quis parar de ler naquele exato momento porque, pessoalmente, não é o tipo de história que eu tenha psicológico para ler, mas enfim. Tudo deu errado na linha do tempo original da fanfic, e entre uma tortura e outra infligida por Bellatrix, Hermione considera executar o ‘‘plano b’’ proposto pelo diretor de Hogwarts. Quando finalmente faz isso, eventualmente se encontra com o Dumbledore daquele tempo e explica, parcialmente, o motivo de estar ali.
O plano proposto pelo diretor consistia de enviar Hermione ao passado para evitar que Tom Riddle se torne Voldemort. Como ela conseguiria essa façanha, você me pergunta? Se tornando uma Sonserina, se aproximando gradualmente de Tom e seu séquito, e, por fim, o seduzindo para executar um feitiço, feitiço esse cuja execução requeria... Sangue. Sangue de defloramento...
Entramos aqui na parte de uso problemático do termo ‘‘BDSM’’, e essa parte eu deixarei com ALdC, porque ela entende melhor do assunto, mas, encerrando meus comentários, todo o martírio pelo qual Hermione teve de passar se revelou, no final, inútil, gerando consequências ainda piores. Desnecessário dizer que eu odiei Dumbledore ainda mais depois dessa, mas ao menos o personagem tinha a noção de que o que estava propondo era extremo. O problema foi ele ter empurrado, a todo custo, essa missão para a coitada da Hermione.
Nota Sininho: O conteúdo a seguir é explicito e inapropriado, portanto essa parte da análise está em outro servidor, pois o blog é aberto ao público. Se prosseguir a leitura, você concorda ser maior de 18 anos. Todos os avisos contidos no início da análise prosseguem mais fortemente a partir daqui.
Contras: A representação do BDSM é equivocada, o que chama atenção da equipe como todo é o uso do termo "violência sexual" para descrever posteriormente BDSM. Os protagonistas serem menores de idade também trás questões problemáticas.