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Pré-análise: Marchands D'Amour

em sábado, 13 de maio de 2017 |

Bom(a) (insira aqui o momento do dia em que você está lendo isso)!

Antes de começar, sou obrigada a deixar um avizinho aqui: a história contém incesto. Agora, vamos lá.

Marchands D’Amour (ou Mercadoras do Amor em uma tradução menos atraente) faz um belo trabalho em capturar nossa atenção primária. A capa é simples, mas elegante e harmoniosa, combinando de forma perfeita com o clima e, principalmente, com a capa da história.

Infelizmente, não posso dizer o mesmo da sinopse. Com alguns erros gramaticais referentes a pontuação, ela apresenta apenas a Academia onde a trama se passa, mas nada sobre o que possivelmente acontecerá. Recomendo refazê-la, mantendo o tamanho, se possível, incluindo alguns detalhes dos personagens e uma pincelada do plot da história, para aumentar a curiosidade do leitor e, assim, manter a bela isca criada pelo nome e capa.

A gramática da história é razoável, não cometendo erros que comprometam a leitura. Há, no entanto, a repetição errada da preposição “que”. Isso é algo bem comum quando estamos escrevendo, mas deve sempre ser retirado nas revisões posteriores por indicar a falta de uma maior vocabulário, dentre outros motivos. Logo no primeiro capítulo, vemos algumas frases se organizarem como em um poema, sem uma indicação de que isso seria feito. Não sei se foi um erro de digitação ou algo do tipo, porém acho importante atentar a esse ponto, para que a formatação do texto seja correta e não estranhe o leitor.

Marchands traz consigo um tema delicado: o incesto. E, para tornar esse fato ainda mais sério, a classificação é adulta (previamente avisada nas notas iniciais pelo autor). Por ser um tabu, uma vez que esse assunto é incluído no roteiro, ele merece uma atenção especial, uma explicação. Algo que não ocorre nessa história. Bem como outras atitudes e ações dos personagens, parece algo jogado, por assim dizer. Há muitas falas que parecem forçadas, com comportamentos rasos e irreais. Sugiro realizar algumas pesquisas, tanto sobre tópicos a serem inclusos no enredo, quanto sobre criação de personagens.

Isso nos leva ao próximo ponto: o tamanho dos capítulos. Marchands opta por manter os seus extensos, o que não é um erro. No entanto, o interesse do leitor deve sempre ser prezado ao escolher quais cenas colocar em cada um. Nessa parte, a escrita do autor peca mais uma vez. Várias vezes, enquanto lia a história para realizar esta análise, peguei-me cansada da narrativa, perguntando-me quando algo interessante aconteceria. E, quando esses momentos finalmente ocorrem, embora eu estivesse curiosa, o equívoco citado no parágrafo anterior vinha à tona, fazendo-os perder o peso e serem rapidamente esquecidos.

Repensar e planejar um pouco mais para realizar a reescrita de Marchands D’Amour podem salvar as ideias do autor e, assim, deixar sua apresentação coerente com o que é citado no início dessa crítica.

Por hoje, é isso. Até as próximas análises, fanfiqueiros.

XOXO

Aiori Von Satts

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